Acolhimento e apoio definiram a rodada de encontros virtuais realizada pelo Centro Público e Economia Solidária da Chapada Diamantina (Cesol-Chapada) com os empreendimentos parceiros dos municípios de Palmeiras, Mucugê, Andaraí, Piatã, Abaíra e Lençóis. O encontro foi de 19 de janeiro a 4 de fevereiro, onde foram realizadas reuniões para fazer uma retrospectiva das ações e os temas que entraram na pauta foram em diferentes direções.
A necessidade de organizar uma formação em estudo de viabilidade econômica para os empreendimentos, formação em cooperativismo, pensando na formação de uma central de cooperativas, para facilitar o escoamento, tudo isso unindo a criação de identidade visual e a adequação dos rótulos nos produtos.
Segundo Laura Matão, do grupo ‘Família Santos’, município de Palmeiras, o apoio durante a pandemia tem sido fundamental para a venda dos produtos. “Nessa pandemia o Cesol ajudou bastante, na divulgação e comprando nossos produtos, porque vendemos duas vezes para eles. Na pandemia não está sendo fácil, precisamos fortalecer o escoamento dos produtos”, desabafou.
Além disso, o auxílio aos empreendimentos na elaboração de projetos, a realização e participação no festival online de Economia Solidária, a distribuição de máscaras de proteção durante a pandemia e a aquisição de 13,5 mil quilos de alimentos oriundos da agricultura familiar e a distribuição de 1200 cestas para família do território, atendendo mais de 30 empreendimentos com a compra direta também foram pontos fortes na pauta desses encontros.
Cristiane Araújo de Aquino Vieira é empreendedora do Marias da Serra – biscoitos artesanais, no município de Mucugê, junto com a sua sócia, Telma Maria dos Anjos. Ela contou um pouco sobre a experiência com a parceria do Cesol e a sua participação na reunião.
“Estamos tocando o nosso negócio muito por conta do apoio do Cesol, pelo incentivo que tivemos. Após uma reunião aqui no Povoado da Barriguda, a minha parceira nos biscoitos propôs o início da venda. O Cesol veio e nos fortaleceu nesse início. Montamos nosso negócio com os biscoitos. E fomos procuradas por Odeniz, pra saber se queríamos fazer parte do Cesol”.
E falou também sobre o momento em que vivemos, com a pandemia do covid-19 e os seus desafios. “Se não fosse a pandemia, acredito que nossos produtos estariam em mais mercados. Mas tempos melhores virão. Participar do Cesol é sempre bom. Nas reuniões nos sentimos em casa, somos muito bem tratados. Agradeço a esse belo trabalho”, concluiu.
Para a coordenadora do Cesol Chapada, Elaine Novais, esses encontros estão acontecendo com intuito de avaliar as ações do Cesol realizadas até então, pensar alternativas junto aos empreendimentos solidários assessorados. “Estamos firmando parcerias para que consigamos avançar no atendimento às demandas levantadas. Infelizmente com a pandemia todo esse trabalho precisou ser realizado remotamente. Com o aumento considerável dos casos de infectados nos municípios atendidos, ficamos impossibilitados de promover estes encontros presencialmente”, explicou.
Os Cesol’s são espaços de caráter comunitário, que têm como objetivo articular oportunidades de geração, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo, sempre baseado na economia solidária. Consistem em estruturas criadas e mantidas por meio de parceria entre o poder público e a sociedade civil organizada, tendo a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE) e a Rede Brasileira de Gestores Públicos da Economia Solidária seus principais difusores. As informações são de assessoria.