O programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma reportagem, neste domingo (7), destacando o caso do segundo sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha, em 2019, com 39 kg de cocaína, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave fazia parte da comitiva de Jair Bolsonaro, que se dirigia ao Japão, para ume reunião do G20. A reportagem tentou investigar as conexões do sargento e chegou à conclusão de que ele não atuou sozinho.
Em conversa com a Globo, a esposa do militar, Wilkelane Nonato, declarou que o marido não tinha dinheiro para comprar a droga e, tampouco, condições de montar uma operação desse porte sozinho. A Polícia Federal, que investiga o caso, segue à procura de cúmplices.
O caso
O segundo sargento da Aeronáutica foi preso em Sevilha no dia 25 de junho de 2019. Ele viajou com 39 kg de cocaína na bagagem em um dos voos da comitiva que levava Bolsonaro ao encontro do G20, no Japão. O presidente não estava na mesma aeronave.
A cocaína estava escondida em 37 pacotes de um pouco mais de 1 kg e quase todos enrolados em fita de cor bege. Raios x no aeroporto da Espanha permitiu que os agentes locais detectassem a presença da droga na mala do militar.
Rodrigues precisou submeter a bagagem a raios x em Sevilha. Na Base Aérea de Brasília, houve apenas pesagem das malas e ele não passou por esse procedimento.
Questionado, o sargento voltou a afirmar que levava queijo a uma prima que morava na Espanha. Quando as autoridades espanholas detectaram a presença de cocaína, ele ficou em choque e não disse mais nada no local.
Apenas depois, o militar brasileiro declarou à Justiça que não sabia que havia cocaína na bagagem. As informações são da Revista Fórum.