Em conversa travada com apoiadores em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, o presidente Bolsonaro afirmou que não tem vacina em lugar nenhum do mundo que tem verba para comprar.
“Não tem vacina, no mundo todo não tem vacina. Não é nós, é o mundo todo. Eu sempre falei: uma vez que a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] liberando, eu compraria. Tanto é que eu tenho, entre aspas, um cheque de R$ 20 bilhões de reais para comprar vacina, a medida provisória que eu assinei agora, em dezembro do ano passado”.
Bolsonaro negou que o seu governo esteja desestimulando a população a se vacinar. “Ninguém tá negando a vacina e desestimulando. E pra mim, no que depender de mim, ela é opcional, não obrigatória”, disse.
O presidente também comentou que o Ministério de Ciência e Tecnologia precisa de R$ 300 milhões para concluir o desenvolvimento de uma vacina brasileira, mas que falta dinheiro.
“Em concluindo a nossa vacina, ela poderia ser alterada também mais rapidamente para combater as mutações do vírus, porque o vírus que está aqui nem sempre é o mesmo que está em outro país. Só tem um probleminha, só falta dinheiro”, disse.
Por fim, Bolsonaro voltou a defender remédios que não possuem eficácia contra a Covid-19. “Os médicos devem ter o direito, sem pressão de ninguém, de exercer aquela, a sua liberdade de receitar algo para uma doença, no caso, sem estar prescrito em bula. Porque é ainda uma doença que não tem remédio definido para tal”, disse Bolsonaro.