A direção do Colégio Estadual Professora Nilde Maria Monteiro Xavier, localizado no ‘Centro Histórico’ do município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, pediu direito de resposta após denúncia realizada há pouco mais de 30 dias por conta de uma reforma. Na época, a Associação Beneficente Cultural e Esportiva de Palmeiras, autora da denúncia, apontou que uma empresa de construção, contratada pelo Governo do Estado, estava realizando alterações na fachada do imóvel sem autorização prévia do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
Em ofício enviado ao Ipac, a diretora da escola, Sueli Maria de Almeida Lopes, explica que a manutenção precisou ser de “forma imediata e emergencial, devido ao desgaste pela ação do tempo as quais comprometiam a segurança e a integridade dos corpos discente e docente, bem como da comunidade em torno da unidade escolar”.
Em resposta, também por meio de ofício, o Ipac deliberou a aprovação da reforma, “visto que não compromete a leitura do conjunto tombado”. O parecer técnico aponta que a intervenção executada no colégio trata-se da substituição total da cobertura de telhas do tipo colonial para telhas do tipo plan. Além da troca do madeiramento, instalações elétricas, preparação para climatização, pintura com manutenção das cores e tratamento de fissuras e manutenção do muro.
Vale ressaltar que a aprovação foi após a reforma e o instituto reforça que “qualquer projeto de intervenção deve ser enviado ao Ipac para análise, antes do início das obras por se tratar de um conjunto tombado pelo órgão”. A cidade de Palmeiras teve o seu centro antigo tombado por Leis Municipais datadas de 07.12.1998, 23.11.2004 e 02.06.2009 e posteriormente foi reconhecido pelo Estado da Bahia sendo tombado pelo Ipac, no dia 23.07.2014, conforme dados da Associação Beneficente Cultural e Esportiva de Palmeiras.
Jornal da Chapada
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