O texto da peça teatral ‘Tá Caindo Fulô’, de autoria de Marcos Santana, natural de Seabra e com atuação na Chapada Diamantina, já está disponível para leitura no blog do projeto. A obra com uma linguagem regionalista, conta sobre a Fulô, uma jovem apaixonada por um fenômeno que existe apenas em sua vila, e aborda também sobre a estiagem, sentimentos e um cenário de realismo fantástico.
O dramaturgo e diretor de teatro cria e produz para essa linguagem artística há sete anos. “Jogo a semente no chão, ‘pru’ céu eu faço a prece, quem sabe um dia no Sertão, a flor desabrocha e cresce”, diz Fulô, na obra, ao cantar os versos. A chegada de Fulô é comemorada com alegria, principalmente pelo povo sertanejo, visto que chuva representa renovação, colheita e vida.
Quando ela não vem gera angústia, tristeza e preocupação. Logo, a peça se origina dessa tristeza provocada pela falta de chuvas, mas no qual o tema se transporta para um cenário fantasioso de uma vila em que é possível chover flor. A personagem principal procura uma forma de trazer de volta as chuvas e parte em busca de respostas. A obra provoca no leitor risos, choro, suspense, mistério e deixa o público com vontade de conhecer de fato uma chuva de flores.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, do governo federal.
Autor
O autor de Seabra, Marcos Santana, acumula várias peças autorais de teatro. Ele, entre peças de rua e de caixa, transita entre a comédia e o drama. Sendo uma das suas obras preferidas, “Tá Caindo Fulô” foi selecionada no “Prêmio de Dramaturgia – Texto Inédito” através do Programa Aldir Blanc Bahia. Além disso, ele é ator e diretor no Grupo Teatral MistuArte.
Jornal da Chapada