Em sua ‘live’ semanal desta quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro atacou Lula, voltou a defender “tratamento precoce” contra covid e citou até mesmo remédio para matar piolho. O mandatário não disse sequer uma palavra, no entanto, sobre a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP), vítima da covid-19.
Olímpio, que teve morte cerebral confirmada no início da tarde, era aliado de Bolsonaro e ajudou a eleger o presidente em 2018. Com discurso belicista, o senador foi colega de Bolsonaro nos tempos de Câmara e participou ativamente de sua campanha à presidência, chegando a ser um dos principais nomes do bolsonarismo no Senado no primeiro ano de mandato do presidente.
O major, no entanto, resolveu romper com o capitão da reserva no início de 2020, como fizeram inúmeros outros parlamentares do PSL, legenda pela qual Bolsonaro se elegeu. À época do rompimento, Olímpio chamou Bolsonaro de “traidor” que brigou com ele “porque não queria que eu assinasse a CPI da Lava Toga do STF para proteger filho bandido”.
“Eu não gosto de ladrão. Para mim, ladrão de esquerda é ladrão. De direita, é ladrão. Se for filho do presidente ladrão roubando junto com o presidente, eu vou dizer”, disse ainda o senador. No início deste ano, Olímpio chegou a chamar Bolsonaro de “negacionista criminoso” por conta de sua atuação diante da pandemia do coronavírus. Apesar das divergências, dois dos filhos de Bolsonaro, diferente do presidente, prestaram condolências aos familiares de Olímpio pela morte do senador.
“Em que pese termos diversas discordâncias, não torço pela morte de ninguém. Que Deus conforte a família e amigos do Senador Major Olímpio neste difícil momento”, escreveu o deputado Eduardo Bolsonaro. “Meus sentimentos a familiares e amigos do senador @majorolimpio . Que Deus o tenha e conforte a todos”, postou o senador Flávio Bolsonaro. A redação é do site da Revista Fórum.