O ex-senador Clésio Andrade de 69 anos foi um dos empresários vacinados contra covid-19 de forma escondida em Belo Horizonte. Um grupo de empresários ligados ao setor de transporte de Minas Gerais e familiares, compraram o imunizante contra a covid da Pfitzer por conta própria, sem repassarem doação para o Sistema Único de Saúde (SUS) como é previsto na lei.
Segundo informações, a primeira e a segunda dose das vacinas custaram em média R$600 por pessoa, mas o empresário foi convidado para ser vacinado gratuitamente, sendo que a vacinação dele pelo SUS já iria acontecer na semana seguinte.
Clésio já foi vice-governador de Minas Gerais na gestão Aécio Neves, entre 2003 e 2006, senador entre 2011 e 2014, além de já ter sido sócio do ex-publicitário Marcos Valério e supostamente participaram em conjunto do esquema de ‘Caixa 2’ na campanha à reeleição de Eduardo Azevedo ao governo de Minas Gerais. Ademais, ele, Clésio, foi réu no processo do mensalão Tucano.
Cerca de 50 pessoas estão envolvidas no esquema ilegal, entre eles os irmãos Rômulo e Robson Lessa, que supostamente foram os organizadores da compra. A garagem de uma empresa teria sido transformada em uma espécie “posto de vacinação”. A vacinação da segunda dose está prevista aproximadamente para daqui a 30 dias.
Em nota, o laboratório Pfizer nega o envolvimento e afirma que não vendeu o imunizante contra a covid-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização.
Jornal da Chapada