Por Leonardo Chucrute*
Há estudantes que ficam em dúvida sobre se devem seguir uma carreira militar ou não. Muitos estão focados em fazer uma graduação. Porém, eles se esquecem que uma coisa não anula a outra. A carreira militar é repleta de vantagens e pode oferecer estabilidade, além de uma remuneração muitas vezes melhor, do que quem optou por não seguir o militarismo.
Uma das principais vantagens é relacionada com a educação militar. As instituições militares brasileiras de ensino estão entre as melhores da América Latina, no que diz respeito a estrutura, organização e qualidade de ensino. Quem estuda nesse tipo de instituição, tem grandes chances de ter uma carreira de sucesso tanto nas forças armadas como na vida civil.
Outro benefício que vale a pena ser citado é a boa remuneração. A carreira militar possibilita construir um excelente patrimônio e é possível ingressar nas forças armadas já na adolescência, cursando o ensino médio militar. A maior parte dos concursos têm vagas para ambos os sexos. Com apenas 25 anos, é possível receber, como remuneração inicial, 4 mil reais mensais como terceiro sargento ou a partir de 7 mil reais, como oficial. Lembrando que se pode crescer na carreira e chegar até general, que é o topo da carreira, com soldo de 14 mil.
Lembrando que existe a possibilidade de fazer diversas viagens, o que é mais uma vantagem. O Militar viaja muito. Com isso, há a possibilidade de morar em diversas cidades e regiões do país. Dependendo do posto ocupado, a pessoa pode representar o Brasil em missões internacionais. Vale ressaltar que ao final da formação pela Escola Naval, por exemplo, os guardas-marinha fazem a famosa Viagem de Ouro, em que os novos oficiais dão uma volta ao mundo durante um ano.
Não posso deixar de citar a estabilidade na profissão. Uma das vantagens de se tornar um militar de carreira é a tranquilidade de poder evoluir na sua profissão sem se preocupar em perder o emprego. Com isso, ganha-se qualidade de vida. Ao completar 30 anos de serviço, a pessoa entra em condição de reserva e pode-se chegar lá aos 55 anos. Mas lembre-se de que o trabalho nas forças armadas é duro e desgastante. Porém, é possível descansar ou se dedicar a outras atividades mais cedo do que se tivesse escolhido uma carreira civil.
*Leonardo Chucrute é diretor-geral do Colégio e Curso Progressão, Professor de matemática, ex-cadete da AFA e autor de livros didáticos.