A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19), a Operação Akuanduba, com busca e apreensão em endereços ligados ao ministro Ricardo Salles e ao Ministério do Meio Ambiente do governo Bolsonaro.
Essa ação tem como objetivo, segundo a PF, apurar crimes corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando. Os delitos teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
Cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo e Pará. As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Justiça também determinou o afastamento preventivo de 10 agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e no Ministério do Meio Ambiente.
O Supremo ainda ordenou a suspensão imediata da aplicação do Despacho nº 7036900/2020/GAB/IBAMA (íntegra – 3 MB). A medida teria sido elaborada a pedido de empresas com cargas apreendidas no exterior e resultou na regularização, segundo a PF, de cerca de 8 mil cargas de madeira ilegal.