A montanhista brasileira, Aretha Duarte, fez história ao chegar no topo do Monte Everest, quando o relógio marcava 10:24 da manhã (horário nepalês) do sábado (23). Com isso, ela se tornou a primeira mulher negra da América Latina a subir os 8.849 metros da montanha.
No momento em que a marca foi alcançada, eram 1h29 da madrugada no Brasil. Para conseguir esse feito, Aretha precisou arrecadar boa parte do orçamento fazendo coleta de lixo reciclável.
Essa era a segunda vez que Aretha tentava chegar ao topo da montanha de maior altitude do mundo. Na primeira, ela teve problemas de tosse e sintomas de mal de altitude. Além disso, a montanhista também teve de enfrentar o ciclone que atingiu o Monte Everest na última semana.
“Nenhum sonho é maior que a nossa capacidade de realizá-lo. Essa conquista é nossa, da Aretha e de cada um de vocês, que acreditou e confiou nesta mulher sem paralelos e em sua jornada de auto transformação e regeneração socioambiental. Obrigado, do fundo do nosso coração. E que Aretha seja a primeira de MUITAS”, escreveu a equipe no Instagram da atleta.
O montanhismo ainda é uma categoria de composta por maioria de homens brancos, com poucas pessoas negras e ainda menos mulheres. Por este motivo, o feito de Aretha é histórico.
Em 2006, a norte-americana Sophia Danenberg foi a primeira mulher negra a escalar o Monte Everest. Depois, em 2019, foi a vez de Saray Khumalo, a primeira africana negra a subir o Monte Everest.
Agora, Aretha Duarte torna-se a primeira latino-americana e a terceira mulher afrodescendente chegar ao topo do Monte Everest. Jornal da Chapada com informações de Blog Descalada.