O deputado estadual Alan Sanches (DEM), em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), solicitou ao Ministério Público Estadual (MPE) intervenção na reforma prevista para acontecer a partir do dia 12, com prazo previsto de 10 meses, no Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM), em Salvador, que trata doenças graves e com internamento contínuo em plena pandemia.
Segundo ele, não está se falando de uma simples unidade, mas de um equipamento de referência. “Com especialistas de ponta que atendem não só a capital como todo o interior do estado. Portanto, apelo que o MPE se pronuncie em prol dos pacientes internados, no que tange às condições de sua transferência, acompanhamento e suporte e tome as medidas cabíveis”, disparou.
Segundo Alan Sanches, o que se sabe é que apenas a atividade ambulatorial e algum suporte de laboratório funcionará e os pacientes com tuberculose e HIV que necessitam de hospitalização passarão a ser atendidos no Instituto Couto Maia. “Já os serviços de infectologia clínica, vascular e cirurgia torácica serão incorporados por outras unidades da rede estadual na capital baiana, garantindo o acesso e assistência aos pacientes, a exemplo do Roberto Santos, mas o que estão esquecendo é que estamos vivendo um caos e precisamos de mais leitos e não transferir pacientes para os leitos que já existem. Isso é contrassenso”, arrematou.
“A conta da própria demanda do Couto Maia mais a demanda do Octávio Mangabeira não vai fechar, da mesma forma que a conta do Roberto Santos com a demanda do Octávio Mangabeira também não fechará e isso chama-se desassistência. Se a fila de regulação já está crescente vai ficar maior ainda”, concluiu, elencando o sufoco que os pacientes dessa especialidade irão passar. “E mais essa falta de gestão, consequentemente, contribuirá para o caos já estabelecido que, infelizmente, não tem data para acabar”, concluiu. As informações são de assessoria.