Em depoimento à CPI do Genocídio nesta quarta-feira (17), a representante da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, confirmou que o valor de cada dose ofertado pela Bharat Biotech foi de US$15.
Além disso, Medrades também informou que, primeiramente, a empresa queria vender a dose por US$18. Porém, a representante disse à CPI que tal valor não seria repassado ao Ministério da Saúde e, após negociação, chegou-se ao valor de US$18.
Todavia, os senadores questionaram o fato de que na ata da reunião entregue pelo Ministério da Saúde à CPI constava que o valor da dose poderia ser ofertado a US$10. Dessa maneira, os paramentares pediram para que Emanuela explicasse por que o valor inflacionou.
“Existia uma expectativa, mas nunca foi ofertado por esse preço e eu consigo demonstrar isso a partir de todas as minhas comunicações”. Ao ser questionada, então, se o documento do MS mentia, ela confirmou que sim e que tal valor nem deveria constar no documento.
O memorial da reunião também foi citado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Ainda segundo a depoente, o primeiro valor apresentado foi em janeiro deste ano e foi de US$15.
“Eu gostaria muito que o preço fosse menor que US$ 10”, ressaltou a representante. Mas, o quanto a Bharat remunerou a Precisa não foi explicado e porque o preço variou, também não foi respondido.
O tema foi levado à exaustão, pois, sem qualquer justificativa e nem questionamento do MS, o acordo fechado em fevereiro acordou pelo preço de US$ 15 a dose. A redação é do site da Revista Fórum.
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