Após prestar depoimento à Polícia Federal, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou, em entrevista exclusiva ao site Metrópoles, ter a “sensação” de que o delegado da instituição policial que conduziu a oitiva ficou “extremamente convencido”.
“Falei como testemunha, o delegado me deu segurança para falar e apresentar tudo. Colaborei sobre vários fatos que não foram perguntados na CPI”, disse (confira a partir de 2’). “[O delegado fez] perguntas muito enfáticas, no sentido de buscar o esclarecimento do que, de fato, ocorreu. E tenho a sensação de que [ele ficou] extremamente convencido”, destacou.
De acordo com Miranda, o investigador destacou que os prints apresentados pelo parlamentar precisariam passar por perícia para serem validados como provas. “Deixei meu aparelho à disposição. Não precisei deixar o aparelho [na Polícia Federal]. O delegado deixou claro que um perito iria extrair, seja na minha casa ou na Polícia Federal, exclusivamente as conversas que interessam à investigação”, explicou.
Miranda afirmou que o delegado demonstrou “chateação” por possíveis vazamentos do suposto conteúdo da oitiva de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda. Segundo o parlamentar, as informações “não batem” com o depoimento, de acordo com o próprio delegado.
O deputado reafirmou não ter gravado a conversa que teve com o presidente e o irmão para denunciar o caso. O deputado, no entanto, disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “pode ter gravado” o encontro.
“O próprio delegado me perguntou. Eu já fui para várias reuniões com ministros neste governo onde todos afirmavam que gravavam todas as reuniões. Eu não sei se o presidente fez uma reunião fechada e contou como foi a conversa. Pode ter sido o próprio presidente que, conversando com os colegas, vazou a informação ou ele mesmo pode ter gravado”, disse. A redação é do site Metrópoles .