Uma mulher de 44 anos, moradora de Feira de Santana, testou positivo para covid-19 três vezes, em quatro meses. A reinfecção pela doença ainda não foi confirmada. A mulher, que preferiu não revelar a identidade, está em isolamento pela terceira vez.
“É muito ruim… Ás vezes eu choro, entendeu? Me bate realmente uma tristeza e a gente não sabe como vai sair dessa, né? Porque todas as vezes eu tomei medicação e também não é barata”, contou a mulher.
“Pensei que fosse ficar boa e numa situação dessa… Estou me sentindo muito mal. Isso me abala muito. Para poder dormir é complicado”, relatou.
O primeiro resultado positivo saiu no dia 23 de março e os sintomas foram leves. Já no segundo diagnóstico, no dia 14 de maio, o quadro foi mais grave.
“Comecei a me sentir mal, febre na noite, diarreia, vômito e dores. As dores aumentaram mais ainda né? Piorou. Eu perdi, de novo, o olfato e o paladar”, disse a mulher.
“Eu fui para o hospital e lá eu fiz a tomografia e o médico disse que tinha sido uma porcentagem do meu pulmão, mas não precisei ficar internada. Voltei, tomei toda a medicação, aí o médico falou que tinha dado um pouco de inflamação na pleura”.
Depois do período de isolamento, alguns sintomas permaneceram e no início deste mês, os médicos orientaram que outro teste, do tipo PCR, fosse feito. O resultado deu positivo mais uma vez.
“Ninguém acredita. Têm pessoas às vezes brincando, né? ‘Ah, você tem que pedir música no Fantástico’, ‘Você tem que ir para São Paulo para ser estudada’. Ninguém acredita que eu testei três vezes”, afirmou.
De acordo com a médica, infectologista e coordenadora do Comitê Gestor Municipal do Controle do Coronavírus, de Feira de Santana, Melissa Falcão, no Brasil, é considerado um caso de reinfecção, quando o intervalo é de pelo menos 90 dias entre uma amostra positiva e outra.
“Então o que pode ter acontecido é a permanência da partícula do vírus, levando a positividade dessas amostras, mas a Secretaria de Saúde já fez a investigação do caso dela, já notificou o Lacen, para que seja separado as amostras e fazer as análises de cada vírus e cada amostra”, explicou Melissa Falcão. A redação é do site G1 BA.