As autoridades políticas e Tomás Covas rebateram o ataque feito na segunda-feira (2) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o falecido prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que morreu em maio deste ano em razão de um câncer.
Na segunda, Bolsonaro ironizou o fato de Covas ter ido ao Maracanã assistir a uma partida de futebol e, ao mesmo tempo, criticou as cobranças para que fizesse o isolamento social. “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”, comentou.
Em seguida, o filho do ex-prefeito de São Paulo, Tomás Covas, se pronunciou, chamando o presidente de “incompetente e negacionista”.
“Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas”, disse o jovem a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.
Repercussão
O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), configurou a fala como “desumana”. “A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos”, disse.
O partido PSDB também criticou o presidente. “Bolsonaro não respeita os vivos, os mortos, as instituições, a democracia, o bom senso. Agora ataca até a memória de Bruno Covas, prefeito eleito por milhões de paulistanos”.
Outros políticos como Eduardo Leite e Randolfe Rodrigues, assim como Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem Brasileira dos Advogados (OAB) e do PSDB, também repudiaram a fala de Bolsonaro. Jornal da Chapada com informações de Isto É Dinheiro.