Formada por 15 comunidades quilombolas da Chapada Diamantina, a Rede Griô Quilombola lançou um site e um vídeo documentário, produzido virtualmente durante a pandemia, com o objetivo de exibir a história de cada localidade e dar empoderamento e autonomia na elaboração e coordenação de seus projetos culturais, de sustentabilidade e economia solidária.
A Rede foi formada no âmbito do projeto ‘Agente de cultura Griô Quilombola’, que aconteceu neste primeiro semestre de 2021 e promoveu um curso virtual de elaboração de projetos com a participação de 30 agentes culturais jovens bolsistas de 15 comunidades quilombolas da Chapada Diamantina, com o intuito da transmissão de saberes e fazeres de 30 mestras(es) griôs bolsistas para preservação de bens culturais da comunidade.
“Quando a comunidade se instrumentaliza, se apropria desse conhecimento e se organiza, gera força pra luta do movimento quilombola”, afirma Iracema Sacramento, liderança quilombola da Iúna. O vídeo, por exemplo, reflete toda a luta das comunidades quilombolas na pandemia.
Já a educadora Griô, chapadensee parceira das comunidades Quilombolas, Lílian Pacheco, questiona: “Para que serve uma política cultural se os grupos, povos e comunidades se tornam objetos de pesquisa de uma maioria de ongs, universidades e pesquisadores que pertencem a outros territórios, raças e ou culturas?”
O coordenador da Rede Griô Quilombola, Delvan Dias, explica que o intuito é “arrecadar um fundo de cultura para a rede de 15 comunidades quilombolas”, pontua.
Jornal da Chapada