O presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), deve vir para a cidade de Tanhaçu, na Chapada Diamantina, para autorizar a retomada das obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol).
A visita foi noticiada por sites da região chapadeira, que apontam que a chegada do chefe do Executivo deve acontecer ainda neste mês de agosto. O Jornal da Chapada (JC) tentou contato com a assessoria da presidência, mas não obteve retorno.
Os perfis oficiais da presidência também ainda não divulgaram a informação. Contudo, os veículos afirmam que o presidente deve estar com a sua comitiva, chefiada pelo ministro da Cidadania, João Roma, o seu porta-voz na Bahia e possível candidato ao Governo do Estado em 2022. No entanto, uma visita a Caetité também foi sinalizada, mas para o mês de setembro.
Estima-se que a obra da Fiol possibilite a criação de 55 mil empregos diretos e indiretos. O trecho da ferrovia atravessará as cidades de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité.
Conforme informações divulgadas por veículos da região, um heliponto está sendo construído no canteiro de obras da Fiol para receber Bolsonaro. No mês de abril, a Bahia Mineração (Bamin) venceu o leilão da Fiol e vai retomar a obra, o que tende a aquecer a economia do Sudoeste da Bahia, que sofreu impactos de receita durante a pandemia de covid-19.
Logo, a Bahia Mineração S/A (Bamin) será a concessionária de 537 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) no trecho ferroviário entre Ilhéus e Caetité. Assim, a Bamin será a responsável pela finalização do empreendimento e operação do trecho 1, em uma concessão que vai durar 35 anos.
Federação Partidária
Recentemente o presidente se envolveu em uma polêmica após sites noticiarem que ele estaria decidido a vetar a federação de partidos, projeto aprovado na semana passada. Esse mecanismo de aglutinação de partidos políticos permite uma junção mais estável que uma coligação.
Na Câmara, 16 partidos orientaram a favor da federação e 4 foram contra. O projeto foi aprovado pelo placar de 304 a 119. Agora, o projeto segue para a sanção do presidente. Contudo, caso Bolsonaro decida barrar o texto diversos parlamentares já pensam em reagir ao veto.
Obras do governo Temer
Nesta quarta-feira (18) o presidente inaugurou a segunda etapa do Residencial Cidadão Manauara 2, em Manaus. Contudo, a obra em questão não é do seu governo, e ele não citou que se trata de uma continuação do programa ‘Minha Casa Minha Vida’ e com construção iniciada quando Michel Temer (MDB) ainda era presidente, em 2018.
“É um governo que olha para os mais humildes. O nosso governo federal assumiu a ordem de tocar obras que estavam paradas. Não temos corrupção no nosso governo”, disse Bolsonaro, que também não mencionou que a etapa A do residencial obteve obra iniciada ainda em 2013, com a presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo, e inaugurada em 2016.
Baixa inflação
Ainda durante a entrega em Manaus, o presidente comentou sobre a inflação, ao abordar sobre o aumento de preços em itens, como o gás de cozinha e a gasolina. Segundo ele, o governo federal “não é o vilão”. Na mesma ocasião, ele voltou a culpar os governadores por medidas restritivas adotadas em meio à pandemia de covid-19.
“Os momentos são difíceis, mas com fé, determinação e garra, nós superaremos esses momentos. Sabemos que a inflação está batendo na porta de vocês. Mas lá atrás, grande parte dos nossos governadores, da nossa mídia querida, disse que deveríamos respeitar aquela máxima do ‘fique em casa que a economia a gente vê depois’. A economia está batendo na porta de todos nós agora”, justificou. Jornal da Chapada com informações de Achei Sudoeste, Extra, Fórum e Correio Braziliense.