Esta segunda-feira (27) seria o primeiro dia de retorno das aulas 100% presenciais em Salvador. No entanto, os professores se opuseram e não aderiram ao retorno. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Bahia (APLB) informou que vai acionar o Ministério Público da Bahia (MP-BA). De acordo com o presidente da APLB, Rui Oliveira, a categoria não foi consultada para que a decisão fosse tomada e por isso não aderiu à medida.
Insatisfeitos, os professores fizeram uma assembleia virtual nesta segunda e criticaram a decisão da prefeitura de Salvador. “Não é hora de ter aula 100% presencial, as escolas não têm estrutura. Queremos cumprir os protocolos de segurança. A [variante] delta esta aí provocando mortes no Brasil. Vamos chamar o Ministério Público, porque queremos preservar vidas”, disse Rui Oliveira.
O G1 entrou em contato com o MP-BA, e o órgão informou que ainda não foi acionado pela APLB. Além de cobrar mais estrutura nas escolas, como janelas e pias, os trabalhadores também reivindicaram mais profissionais de limpeza para garantir a higienização das escolas. Na assembleia, a categoria decidiu que a retomada 100% presencial ainda não será retomada, e uma nova reunião deverá ser feita com a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a prefeitura.
A Smed informou que só vai se posicionar sobre o caso. As aulas presenciais foram suspensas em março do ano passado, no início da pandemia da Covid-19 em toda a Bahia. Em julho deste ano, as aulas voltaram a acontecer em formato híbrido – metade presencial, metade virtual – na rede estadual, mas a adesão foi baixa. Em Salvador, as aulas semipresenciais retornaram no final de agosto. Com aproximadamente 160 mil estudantes na rede municipal, a capital baiana tem 400 escolas e oito mil professores. As informações são do G1 Bahia.