Cerca de 100 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocuparam, na madrugada de terça-feira (28), o latifúndio abandonado, ‘Fazenda Avenida’, localizada no município de Itamaraju, que fica no extremo sul da Bahia. O ato foi para denunciar o trabalho escravo, visto que o grupo ‘Chaves’, donos de vários imóveis em Itabuna, inclusive da fazenda, foi autuado em 2016 e 2017 por denúncia de trabalho escravo.
O grupo teve suas contas congeladas no período e o Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu indenização de mais de R$1 milhão para compensação das famílias que foram forçadas ao trabalho escravo. O intuito da ocupação foi questionar a propriedade privada da terra, o aumento da fome.
E o MST ainda alega o descaso do governo federal. Os manifestantes disseram que iria recepcionar Jair Bolsonaro (sem partido) que se encontra na região do extremo sul da Bahia. Com isso, o movimento tende a intensificar as ocupações de terra para pressionar o presidente a execução da reforma agrária.
A ocupação ocorreu de forma pacifica, visto que a fazenda é um complexo de cinco fazendas, sem fins sociais e composta por um grande monocultivo de cacau. No entanto, só há dois caseiros empregados, conforme relatos de ex-funcionários e vizinhos do local.
O MST batizou o acampamento de Márcio Matos, em homenagem ao membro do movimento que foi assassinado brutalmente na frente do seu filho de 6 anos, no dia 24 de janeiro de 2017, na Chapada Diamantina. Ele militou no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e assumiu a coordenação do movimento. Jornal da Chapada com informações de Bahia News.