Senadores do grupo majoritário da CPI da Covid, o chamado G7, já decidiram que, caso as recomendações do relatório final da comissão sejam negligenciadas por parte do procurador-geral da República, Augusto Aras, eles devem entrar com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) de impeachment do PGR.
Já é consenso também que em caso de omissão, procrastinação ou arquivamento por parte de Aras, o relatório deverá ser encaminhado diretamente ao STF. As informações são da coluna de Lauro Jardim.
O documento final deve chegar às mãos de Aras na próxima quarta-feira (27), um dia depois da votação do texto. O PGR terá que decidir sobre o indiciamento ou não dos nove crimes de que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) foi acusado pela comissão.
Foram imputados também crimes a quatro ministros de Estado, aos filhos de Bolsonaro: o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Além deles, foram indicados indiciamentos de outros cinco deputados federais, todos com foro privilegiado: Carlos Jordy (PSL-RJ), Osmar Terra (MDB-RS), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Ricardo Barros (Progressistas-PR).
O relatório final
O relatório final da CPI do Genocídio, divulgado nesta quarta-feira (20), tenta dar uma dimensão geral da tragédia que abateu o Brasil diante da pandemia da Covid-19 e punir os responsáveis. Para dar conta da gravidade dos episódios ocorrido no país no período, os senadores tiveram que recorrer a três modalidades de crimes contra a humanidade.
No documento final, elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL), foram quatro os episódios apontados como característicos de crimes contra a humanidade: o colapso sanitário de Manaus, os experimentos com cobaias humanas da Prevent Senior e da proxalutamida, e a atuação contra os povos indígenas. Com informações da Revista Fórum