A ‘live’ em que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), associou, falsamente, a vacina contra covid-19 à Aids, na última quinta-feira (21), foi tirada do ar pelas redes sociais do Facebook e Instagram.
Conforme as plataformas, no qual o Instagram é pertencente ao grupo do Facebook, as políticas “não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”.
Suposta notícia
Durante uma ‘live’, o presidente leu uma suposta notícia que afirma que pessoas vacinadas com as duas doses contra covid-19, no Reino Unido, estavam adquirindo Aids. Na ocasião, ele já temia que a ‘live’ poderia ter contratempos: “Recomendo que leiam a matéria: Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live”.
A ‘fake news’ foi produzida pelo site negacionista ‘Beforeitnews’. O mesmo site já havia publicado textos afirmando que as vacinas contra o coronavírus rastreiam as pessoas. Essa alegação já havia sido refutada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que reforçou a necessidade de que portadores do vírus HVI se vacinem contra a covid-19.
Entidades como a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Unaids, programa das Nações Unidas de combate à Aids, condenaram a fala. “Não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida”, disse a SBI em nota.
CPI da Covid
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) encaminhou, na noite de domingo (24), requerimento para que a CPI da Covid informe ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fala, para que avalie “conduta potencialmente criminosa” do presidente. Moraes é o responsável pelo inquérito das fake news”. Jornal da Chapada com informações de Uol e G1.