Uma postagem de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) sobre suposta propina recebida por Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), “desapareceu” da contra no Twitter do vereador carioca. Na verdade, a publicação foi apagada nesta segunda-feira (8), justamente data que o presidente Jair Bolsonaro confirmou que vai se filiar à legenda presidida por Costa Neto, que já chegou a ser preso, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Exclusivo: Delator aponta propina de 3,5% para PR e Valdemar Costa Neto nos contratos de Furnas”, dizia a postagem de Carluxo, feita em 27 de abril de 2016, com um link de reportagem da revista Época.
Ao vir à público que Jair Bolsonaro vai se filiar ao PL de Valdemar da Costa Neto, internautas resgataram a postagem do vereador sobre o cacique político, e pouco tempo depois a postagem não estava mais disponível.
O “print”, como dizem os usuários das redes sociais, no entanto, é “eterno”. Confira:
Bolsonaro “99%” fechado com o PL
Bolsonaro confirmou nesta segunda-feira (8) que está bem perto de assinar filiação ao Partido Liberal (PL) para disputar as eleições de 2022. Além do PL, o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve estar na chapa do mandatário.
“Está 99% fechado. A chance de dar errado é quase zero. Está tudo certo”, disse Bolsonaro sobre a possível filiação ao PL durante entrevista à CNN Brasil.
Valdemar da Costa Neto: prisão e proximidade com Bolsonaro
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do mensalão, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, se reaproximou de Bolsonaro em abril de 2021, quando participou da posse da nova ministra da Secretaria de Governo, a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF). A cerimônia, fechada à imprensa, foi realizada no Palácio do Planalto.
Costa Neto se sentou ao lado das principais autoridades presentes à solenidade: Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, que também tomou posse.
O presidente do PL já havia se encontrado com Bolsonaro, após a escolha de Flávia. De acordo com pessoas próximas a Costa Neto, foi uma visita de cortesia.
O ex-deputado foi condenado a sete anos e dez meses de prisão. Depois de cumprir dois anos e meio da pena, em 2016, recebeu indulto do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da Revista Fórum.