Após o atropelamento de 18 pessoas no último domingo (21), o município de João Dourado, na Chapada Velha, amanheceu sob clima de revolta e apreensão. O motorista responsável pelo crime segue preso na delegacia da cidade sob acusação de tentativa de homicídio. A identidade do motorista não foi revelada pela polícia.
De acordo com um morador da cidade, Vitor Ferreira, que é funcionário da prefeitura, a festa ocorria de forma pacífica na Praça da Feira, no centro da cidade, quando o veículo dirigido pelo homem de 24 anos atropelou 18 pessoas.
“O momento foi bem tenso. Ocorria uma festa bacana, com famílias, crianças. E essa situação gerou revolta muito grande. Ainda bem que não foi uma tragédia pior. Ainda assim, gerou um clima de revolta”, contou ao g1. Apenas uma das vítimas, uma mulher de 20 anos, permanece internada no Hospital de Seabra. De acordo com a prefeitura de João Dourado, o estado de saúde é estável e ela tem reagido bem aos medicamentos.
Houve tentativa de agressão ao motorista e uma equipe da Polícia Militar foi acionada. Segundo as testemunhas, a PM fez disparos para o alto, dispersou a multidão e encaminhou o motorista para a Delegacia Territorial de Irecê, cidade vizinha a João Dourado, onde ele segue preso.
O veículo conduzido pelo homem não está registrado no nome dele. Segundo a prefeitura, há suspeita de que o veículo foi roubado, mas a polícia ainda não confirmou a informação.
Esse evento em que ocorreu o atropelamento coletivo festejava o final do mandato temporário de Rosangela Cardoso (PL). Ela é presidente da Câmara de Vereadores e assumiu a prefeitura no começo deste ano, após decisão do TSE que cassou a chapa vencedora das eleições de 2020 por, segundo o tribunal, irregularidades na candidatura da então vice-prefeita.
Após eleições suplementares ocorridas no último dia 7 de novembro, Di Cardoso (PL), que já havia sido eleito em 2020, venceu a disputa. Ele tomou posse na tarde desta segunda-feira (22).
O evento que aconteceria na noite desta segunda para comemorar a posse foi suspenso. De acordo com a prefeitura, a Polícia Militar recomendou a não realização do evento por uma questão operacional. Sem policiamento, a nova gestão decidiu não realizar a festa que estava programada. Jornal da Chapada com informações do g1 Bahia e Uol.