Nem mesmo a fiscalização e a Lei Anticalote foram suficientes para evitar que a empresa Wold Service deixasse de pagar os 17 dias trabalhados dos profissionais de limpeza, conservação e jardinagem que atuam no Comando Atlântico da Polícia Militar da Bahia. A informação é da direção do SindilimpBA que cobra do governo estadual a aplicação das normas para evitar que os trabalhadores fiquem no final de ano sem salários e décimo terceiro. Nesta terça-feira (23), o sindicato pediu mediação do processo junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que a situação seja resolvida imediatamente.
“É uma vergonha o que está acontecendo neste governo. Não acredito que o governador Rui Costa tenha conhecimento desse calote que a empresa Wold Service quer aplicar nos trabalhadores que prestam serviço para a Secretaria de Segurança Pública. Cadê os secretários de Administração e da Segurança que não tomam a frente para resolver isso? Os profissionais vão ficar sem seus vencimentos e sem seus dias trabalhados? Isso é exploração e um crime trabalhista que não pode faltar solução. O SindilimpBa vai continuar cobrando até que a situação seja resolvida”, declara a coordenadora-geral do sindicato, Ana Angélica Rabello.
Para a direção da entidade, a empresa não quer negociar e não apresenta uma solução para a questão. O SindilimpBA explica que o final de ano é um momento onde os trabalhadores recebem benefícios de seu trabalho do ano todo. “Estamos indignados com essa situação. O calote é na cara dura. Não temos como caminhar desse jeito, o governo precisa intervir e punir a empresa. Ela não tem condições de assumir contrato algum mais. Acaba o contrato e eles dão calote nos trabalhadores. Isso é um absurdo e não vamos descansar até que a situação seja resolvida. Ainda estamos em pandemia, as pessoas estão se arriscando indo trabalhar e precisam receber”, completa Ana. As informações são de assessoria.