O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT-BA), é contra a realização do carnaval de 2022 por causa da pandemia de covid-19 e sugere que empresários realizem suas festas particulares e “deixem o povo fora dessa”. Nesta quarta-feira (24), o edil petista voltou a apresentar dados e a questionar os debates envolvendo a festa de rua. Ele aponta que não tem nada contra o carnaval, mas que um evento aberto para mais de 3 milhões de pessoas não é razoável, principalmente sobre o aumento de casos e de mortes na Bahia e no país e nem seria vantajoso para os trabalhadores.
“Não temos condições. A realização de um carnaval seria para desorganizar tudo que conseguimos avançar nesses quase 20 meses de pandemia. Somente no Brasil, foram mais de 613 mil pessoas mortas e, na Bahia, mais de 27 mil”, aponta o petista. Suíca salienta que a maioria dos países, dos estados e de cidades brasileiras voltou atrás com a realização de um evento de rua em plena pandemia. “Existe uma série de fatores e um deles é que o estado baiano tem mais de três milhões de pessoas sem cumprir o ciclo de vacinação e enfrentamos o vírus modificado com a variante delta matando até quem já foi vacinado”.
No que se refere à economia e benefícios para os trabalhadores com geração de emprego e renda, o vereador refutou informações de que ajudaria a população mais vulnerável socialmente. “Tem muita gente passando fome, isso é fato! Temos que resolver essa situação. Mas vamos analisar friamente, os cordeiros não ganham dinheiro com o carnaval, o trabalhador do isopor só tem desgaste e já faz isso em outro local, e os garis e margaridas já atuam cotidianamente, iriam se expor ainda mais. Então, o que vai acontecer é festa para os empresários encherem os cofres. Não é justo com o tanto de gente sem ter o que comer”, reforça Suíca. As informações são de assessoria.