Uma nova pesquisa PoderData de avaliação do governo de Jair Bolsonaro foi divulgada nesta quinta-feira (25) e mostrou que o presidente extremista nunca esteve tão em baixa com a sua popularidade: apenas 22% do eleitorado consideram sua gestão ótima ou boa, o menor índice desde que o radical de extrema direita chegou ao Palácio do Planalto, em 1° de janeiro de 2019. Na última análise, realiza há duas semanas, esse índice era de 24%.
A rejeição a Jair Bolsonaro manteve-se no mesmo patamar apurado no levantamento anterior. Para 57% dos brasileiros, o governo do ex-capitão é ruim ou péssimo. Consideraram a atual gestão regular 16% dos entrevistados, enquanto 4% não souberam responder.
O derretimento notório de Bolsonaro se acentuou a partir deste ano e pode ser explicado por uma série de medidas desastrosas conduzida pelo Executivo federal.
A pandemia tomou contornos dramáticos em 2021 e o país bateu a marca de 614 mil mortos pela Covid-19, ainda na memória de muitos brasileiros que perderam parentes e amigos enquanto o líder da nação negava a doença, dificultava a compra de vacinas (ou desencorajava o uso delas), imitava pessoas morrendo por falta de ar e passeava de moto por várias cidades de todas as regiões, acompanhado de seu séquito de radicais insensíveis ao sofrimento coletivo atroz.
Na economia, a explosão inflacionária à qual o governo só assiste, a disparada do dólar e os preços obscenos dos combustíveis, aliados ao marcante desemprego e a sensação de que ninguém no palácio governa o país só fizeram aumentar a aversão a Bolsonaro, que vê ainda seu mandato atolado em escândalos de corrupção de todos os tipos, como as incessantes revelações de crime de peculato, as chamadas “rachadinhas”, atribuídas a seus filhos, e a vergonhosa compra de deputados e senadores por meio das emendas do relator, um mecanismo escuso que transfere dinheiro oriundo de um orçamento secreto para as bases eleitorais desses parlamentares, sem identificá-los.
Os dados da pesquisa PoderData foram colhidos entre os dias 22 e 24 de novembro, após 2.500 eleitores serem ouvidos em 459 cidades de todos os 26 estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais, ou para menos. As informações são da Revista Fórum.