O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que por enquanto está no PSDB, tem sido aconselhado a deixar o partido e, ao contrário das expectativas, não se filiar ao PSB.
O movimento, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, é que sua candidatura a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fique atrelada a disputas regionais do PSB com o PT.
Lideranças do PSB, entre elas o presidente do partido Carlos Siqueira, tentam negociar a filiação de Alckmin com o apoio do PT a candidatos do PSB aos governos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Não tem acordo
Em São Paulo, o presidente do PT, Luiz Marinho, já mandou avisar que não tem acordo. Em entrevista exclusiva à Fórum nesta quarta-feira (8), ele disse que a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad a governador está 100% garantida.
“A candidatura do Haddad é 100% garantida. Não existe este debate do PT de São Paulo com o PSB sobre possibilidade nenhuma de abrir mão da candidatura de Haddad, nunca foi colocado”, disse. “Teve discussões que eu vi pela imprensa, o Márcio França falando dele ser candidato a governador com o apoio do PT. Isso não existe, nunca aconteceu. O PT terá candidato no estado de São Paulo, independentemente se o PSB tiver ou não”.
O presidente do PT em São Paulo falou ainda sobre a possibilidade de acordos em outros estados, como Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, Renato Casagrande, no Espírito Santo, Beto Albuquerque, no Rio Grande do Sul e Jenilson Leite, no Acre, além de aguardar a definição em Pernambuco. “Em São Paulo, no entanto, não há a mínima chance de não termos candidato”, repetiu.
Olhar o Brasil
Já sobre a chapa com Alckmin, Marinho deixou claro que é contra, mas disse que é preciso olhar o Brasil. “Pra derrotar o neofascismo, a gente engole o que tiver que engolir. Pessoalmente, gostaria de estudar outras alternativas. É um debate que está em aberto”, afirmou.
Marinho lembrou ainda que “Alckmin continua no PSDB e, enquanto está lá, não tem conversa. Precisamos saber qual o rumo ele toma pra sair o PSDB. A partir disso, é abrir o debate com o partido pra saber se tem ou se não tem possibilidade. No momento não existe. O que existe é especulação por enquanto. Tem muita água pra passar debaixo dessa ponte”, encerrou. Com informações da Revista Fórum.