Com R$ 5,8 milhões gastos no cartão corporativo do Planalto em oito meses de 2021 – um recorde histórico -, Jair Bolsonaro (PL) foi às redes na manhã deste sábado (11) mostrar o quarto do Hotel de Trânsito do Comando Militar do Leste, na Urca, no Rio de Janeiro, e ironizou as despesas pessoais pagas com dinheiro público. Em seguida, Bolsonaro mente sobre os gastos com o cartão corporativo.
“Por vezes o cartão corporativo ultrapassa R$ 1 milhão, mas são despesas das mais variadas possíveis. Mais de 200 pessoas que trabalham no Palácio da Alvorada, despesas com alimentação para muita gente, manutenção do Alvorada, por vezes despesas com aeronave fora do Brasil”, disse Bolsonaro, ressaltando que “o meu cartão pessoal, que posso sacar até R$ 24 mil por mês e usar como bem entender, desde que assumi o custo é zero”.
Diferentemente do que diz o presidente, os gastos da família Bolsonaro usando o cartão corporativo da Presidência da República bateram o recorde histórico nos oito meses iniciais de 2021: R$ 5,8 milhões.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1469617521875685378
O uso do dinheiro público pelo chefe do Executivo federal não inclui os gastos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que assessora o presidente e o acompanha com grandes comitivas Brasil afora, sendo referentes apenas aos custos com compras domésticas e pagamentos com viagens dos membros que integram a família que habita o Palácio da Alvorada.
No mesmo período do ano passado, a gastança já havia sido recorde: R$ 4,5 milhões. No total, a estrutura da administração federal que tem direito ao uso de cartões corporativos gastou no mesmo período deste ano R$ 131 milhões. Redação da Revista Fórum.