O ex-secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Villas-Boas, e a deputada bolsonarista, Talita Oliveira (PSL), bateram boca nesta quarta-feira (15), após passaporte da vacina contra covid-19 ser criticado em audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
O governo da Bahia pontuou que irá começar a exigir o comprovante de vacinação para entrar em departamentos públicos. No entanto, a medida foi marcada por protestos de bolsonaristas e apoiadores do presidente que são contra a obrigatoriedade da vacinação.
Com isso, a deputada pediu a audiência, em conjunto com a Comissão Especial para Avaliação dos Impactos da Pandemia da Covid-19 da Casa Legislativa. O deputado estadual, Capitão Alden, a médica e ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, Raissa Soares, e o cantor Netinho estiveram presentes.
Na audiência, eles criticaram o governador Rui Costa (PT), chamando-o de “ditador”. Ainda pontuaram que o decreto “oprime, constrange e intimida as pessoas no seu direito de ir e vir”.
Nesta quarta, a deputada Talita apresentou um projeto de lei que visa garantir os direitos constitucionais das pessoas que não quiseram se vacinar, pois segundo ela, isso assegura “os direitos constitucionais de liberdade”.
Lamentável não é ver uma médica rasgar seu diploma (onde quer que ele tenha sido conquistado). Triste é assistir nossos parlamentares aplaudirem. Submissos. Tangidos. Êêê, vida de gado! https://t.co/PKtHeAfxSP
— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) December 16, 2021
Por meio do Twitter, o ex-secretário alfinetou a ex-secretária Raissa, que é médica e ficou conhecida como ‘Doutora Cloroquina’, e os outros parlamentares que também são contra a medida. “Lamentável não é ver uma médica rasgar seu diploma (onde quer que ele tenha sido conquistado). Triste é assistir nossos parlamentares aplaudirem. Submissos. Tangidos. Êêê, vida de gado”.
Indignada, Talita, ao responder Villas-Boas, relembrou a invasão do secretário em um restaurante, na ilha dos Frades, enquanto o estabelecimento privado estava fechado em razão do mau tempo, que impedia a travessia da parte continental de Salvador.
“Triste foi ver um secretário da Saúde invadindo um estabelecimento privado. Triste, não. Foi vergonhoso! “Gado”. Essa postura resume bem o nível da Saúde no estado. Inclusive, é dessa forma que o seu chefe petista enxerga a população, com a exigência de passaportes sanitários”, disse ela.
O governador ainda não informou quando a comprovação da imunização começará a ser exigida, mas deu a entender que a medida só será tomada com o avanço da aplicação da segunda dose. Jornal da Chapada com informações de Correio 24 horas e Política Livre.