A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (11), mais um golpe no bolso do brasileiro: um novo aumento nos preços dos combustíveis. Em entrevista ao site Gazeta Brasil nesta quarta (12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez tirou o corpo fora e culpou inteiramente a estatal pela alta nos valores.
“Alguém acha que eu sou o ‘malvadão’? Foi aumentado o preço da gasolina e do diesel porque eu sou o ‘malvadão’. Não tenho controle sobre isso, já falei. Se eu pudesse eu ficava livre da Petrobras, mas como eu sou o presidente e o acionista majoritário, eu indico o presidente e as medidas são tomadas lá dentro”, disse Bolsonaro.
O presidente atribuiu o aumento também à crise hídrica e disse que, assim como na Petrobras, quem decide esta questão é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sobre a qual ele não tem nenhum controle.
“Aparece em cena as bandeiras vermelha, amarela, e o pessoa culpa a mim. Quem decide é a Agência Nacional de Energia, uma agência que tem mais poderes do que o respectivo ministério a que estão ombreados”, afirmou Bolsonaro.
Os sucessivos aumentos dos combustíveis, no entanto, podem ser explicados pela forma como o governo lida com o tema, já que a Petrobras adota a política de paridade de preços com o mercado internacional (PPI).
A prática começou em 2016, no governo de Michel Temer (MDB), e continua sendo seguida por Bolsonaro e Paulo Guedes, seu ministro da Economia.
Debate na Globo
Bolsonaro também lançou um “desafio” para a Rede Globo: ser convidado para uma entrevista ao vivo. Além disso, ao ser questionado pela repórter se irá aos debates se for candidato em 2022, respondeu que pretende ir “a todos”.
“Eu faço um desafio mais uma vez: TV Globo, me entrevistem ao vivo. Não fiquem somente com essas mentiradas todas, falando mentiras sobre o governo”, afirmou. “Eu pretendo ir a todos os debates. Em 2018 eu compareci em dois, e depois eu tive uma crise, levei uma facada”, continuou.
Nas últimas eleições, o despreparado candidato decidiu não participar de nenhum debate com adversários durante a campanha. Apesar de ter colocado a culpa na facada, o então presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, disse na época que Bolsonaro não participaria das conversas porque “não acrescentariam em nada”. Redação da Revista Fórum.