Viajar sozinha é um desejo que ronda a mente de muitas mulheres. No entanto, a escolha do destino para essa aventura na estrada é o ponto principal e, segundo elas, a Chapada Diamantina está entre os mais recomendados. Com o passar do tempo, as mulheres vão driblando a dificuldade de viajar sozinhas, mas ressaltam que não há como negar que a segurança é um problema que deve ser constantemente considerado em suas vidas.
“Nós, mulheres, temos medo até dentro da própria casa. Mas temos que vencer os medos explorando o mundo, porque ele também é nosso. Por isso, o primeiro caminho é estudar o lugar para onde você quer ir, buscar contas de mulheres que viajam sozinhas no Instagram e ter trocas com outras mulheres para entender se aquele lugar é seguro”, orientou a turismóloga Juliana Delgado, CEO da agência Queissada Comunicação, ao Correio 24 horas.
Dentre os destinos baianos preferidos para a realização de viagens sozinhas, a Chapada Diamantina se torna, praticamente, unanimidade, visto que é uma região que já é acostumada a receber um fluxo grande de mulheres viajando sozinhas. E além de ter opções mais badaladas, como bares à noite em Lençóis, a calmaria e simplicidade toma conta da maioria dos destinos na região, proporcionando uma maior facilidade de explorar os destinos e estrutura turística da região chapadeira.
A escritora Manoela Ramos, 28 anos, destacou, ao Correio 24 horas, o Vale do Capão como um bom ponto de partida na região. “O Capão foi fundamental na minha escolinha de viajantes. A Chapada é legal para você pegar carona pela primeira vez, por exemplo. Fui desbloqueando várias coisas pela primeira vez lá”, disse. “É um lugar onde você consegue aprender bastante com outros viajantes. É ótimo para começar porque você se sente bastante acolhida e as pessoas vão te dar muitas dicas”, complementou.
Recomendações
Segundo especialistas, é preciso normalizar o desconforto que as pessoas têm ao avistarem a figura da mulher viajando sozinha, quebrando gradativamente os paradigmas, assim como as estruturas dos locais precisam melhor se adaptar às modalidades de turismo individual. As escolhas dos destinos interferem em não lidar com casos de assédio, machismo e outras possíveis violências de gênero, que segundo viajantes, são as maiores dificuldades de uma mulher na estrada.
Quem já teve a chance de viajar sozinha, tende a rotular a primeira vez como uma experiência única. No entanto, essas mulheres informam que nem sempre essa oportunidade será boa, ou incrível, pois é necessária a prática. Com isso, elas recomendam que quem vá se aventurar sozinha tenha uma viagem organizada e realize treinamentos sozinhas na sua própria cidade, como almoçar sozinha, ir ao cinema sem companhia e outras pequenas atitudes. Jornal da Chapada com informações de texto base do Correio 24 horas.