Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) deu sequência neste domingo (13) ao que foi classificado pela jornalista Hildegard Angel como “plano Coehn Tabajara” sobre a estratégia em curso de relacionar o PT ao atentado cometido por Adélio Bispo contra Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha presidencial em 2018.
Coordenador das redes sociais da pré-campanha à reeleição do pai, Carlos deu a deixa nas redes sociais ao usar a sigla – em vez do PSOL, como vinha fazendo – para se referir à facada.
“Qualquer um vê a imprensa em geral estimulando o assassinato do Presidente, fomentando o ódio diariamente há anos, fato culminado na tentativa de assassinato de @jairbolsonaro, cometido por antigo aliado do PT em 2018, e obviamente querem o fato consumado”, escreveu.
Na publicação, Carlos compartilhou uma charge de Leandro Assis e Priscila Oliveira publicada na Folha de S.Paulo que ironiza o vídeo em que Bolsonaro não sabe destravar a arma.
No desenho, Bolsonaro, retratado como porco, atira contra o próprio rosto. No último quadrinho aparece o desenho de Lula dizendo: “tá quase acabando pessoal”.
Foi o que Carlos Bolsonaro precisava para ir às redes para lançar a estratégia desenhada nos bastidores da campanha.
Novo depoimento à PF
Neste sábado (12), o perfil Anonymous fez uma publicação no Twitter em que afirma que “Adélio Bispo prestou depoimento gravado pela PF dizendo que a facada teria sido encomendada pela campanha de Haddad em 2018”.
“Carluxo irá usar esse vídeo. Eu tenho certeza, absoluta que Adélio foi coagido”, emenda o tuite.
A publicação vai ao encontro do que afirmou horas antes a jornalista Hildegard Angel, que anunciou pelas redes sociais que o “algo novo que vai salvar o Brasil” prometido por Jair Bolsonaro (PL) é atribuir ao PT a facada que foi vítima na campanha eleitoral de 2018.
Na última quinta-feira (9), Bolsonaro interrompeu conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada e, após falar em “ditadura da caneta”, disse que vai acontecer algo nos próximos dias “que vai nos salvar” – veja o vídeo.
Plano Cohen Tabajara
Segundo Hildegard, “o Plano Cohen Tabajara, digno dos Trapalhões, com um vídeo manipulado de Zé Dirceu” já teria sido lançado das redes sociais por Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), coordenador de redes sociais da campanha à reeleição do pai.
No vídeo, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula analisa o cenário eleitoral de 2018 e atribui a “erros nossos, como foi a facada em Bolsonaro”, entre outras questões, a derrota na disputa presidencial.
Neste domingo (13), o termo Adélio amanheceu entre os mais comentados no Twitter. As publicações se dividem entre aqueles que veem no resgate do caso uma estratégia de campanha do atual presidente e bolsonaristas, que buscam pulverizar o discurso que estaria sendo preparado para ligar a facada ao PT e à candidatura Lula, que lidera as pesquisas de intenção de votos. Com informações da Revista Fórum.