O ex-apresentador do Flow Podcast, Monark, cujo nome real é Bruno Aiub, deu uma entrevista ao diário norte-americano The New York Times para se defender diante da confusão criada por ele após defender a existência de um partido nazista no Brasil de forma legal, durante um episódio do programa em que participaram também os deputados federais Kim Katiguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB), na última segunda-feira (7).
Na conversa com o repórter Jack Nikas, correspondente do NYT no Brasil, Monark insistiu na tese de que estava fazendo um discurso contrário ao nazismo, frisou que sua opinião de sobre a liberdade de defender essa ideologia é “constitucional nos EUA”, citando a Primeira Emenda, assumiu que a maneira como se expressou foi “estúpida” e pediu para que o jornalista “por favor escrevesse que ele não é nazista”.
“Estou sendo destruído por defender uma ideia que é constitucional nos EUA. Eu não sou nazista. Por favor, escreva que você pode dizer que eu não sou”, declarou o ex-integrante do Flow a Nikas.
A reportagem do NYT está sob o título “Joe Rogan do Brasil enfrenta tempestade por causa da liberdade de expressão”, numa referência ao também apresentador de podcast Joe Rogan, norte-americano, que ganhou notoriedade nos últimos anos por realizar entrevistas com personalidades racistas, intolerantes, negacionistas e extremistas de direita, assim como por veicular informações e dar declarações falsas sobre a vacina contra a Covid-19 e outros temas, o que lhe rendeu o título de “megafone de mentiras da extrema-direita”.
“O ponto que eu ia defender naquele dia era sobre a Primeira Emenda nos EUA. Mas eu defendi isso de maneira muito ruim, de uma maneira estúpida. Quero deixar claro que sou totalmente contra qualquer tipo de preconceito”, falou Monark no texto publicado pelo diário novaiorquino.
Por fim, a matéria informa que o brasileiro pensa em ter um novo podcast no futuro e que, se “pudesse sonhar”, gostaria de ser entrevistado no programa de Joe Rogan, com o argumento de que precisa ser ajudado por estrangeiros para sair da situação em que se encontra. “Seria uma grande honra falar com ele. Eu preciso de um pouco de ajuda internacional”, concluiu Monark. Com informações da Revista Fórum.