A falta de cumprimento do reajuste do piso nacional salarial do magistério é algo que tem proporcionado dor de cabeça aos profissionais da área da educação de alguns municípios chapadeiros e não está sendo diferente em Ruy Barbosa, na Chapada Diamantina.
Com o descumprimento da lei e de alguns benefícios que deveriam ser concedidos aos professores, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) do município de Ruy Barbosa entrará em greve a partir de segunda-feira (21), após ter tentado chegar em consenso com a prefeitura, administrada por Cláudio Serrada (PSD).
“Nós sentamos com o gestor diversas vezes para falarmos à respeito do pagamento do piso salarial nacional dos professores. Além do piso, tem algumas vantagens da categoria do setor que não estão sendo respeitadas”, frisa a diretora regional da APLB, Adriana Oliveira, ao complementar que foram feitas tentativas de negociações, mas sem sucesso com a prefeitura, levando à greve municipal.
Dentre os benefícios dos professores que, segundo Adriana, não estão sendo cumpridos, estão a taxa de deslocamento para a zona rural, assim como os professores que trabalham durante 40 horas não estão recebendo a gratificação diante da total quantidade de horas trabalhadas.
Em relação à principal reivindicação, que é o piso da categoria, que deveria ser este ano de R$3.845,63, os professores de Ruy Barbosa alegam que ainda não foi cumprido o reajuste da lei de 33,24%, estabelecido em fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Contudo, a gestão informa, conforme a diretora regional, que os prefeitos que compõem o consórcio ‘Chapada Forte’ estão seguindo a orientação da União dos Municípios da Bahia (UPB).
A classe municipal informou que não obteve nenhum reajuste salarial desde o ano de 2020. Logo, por meio de uma notificação extrajudicial enviada à gestão, reforçou que não há um prazo determinado para o fim da greve, que implica no atendimento de suas reivindicações ou na realização de uma negociação.
Jornal da Chapada