É o próprio Movimento dos Sem Terra (MST) quem avisa: “pode usar o boné sim”. E reitera que quem usa o boné do movimento apoia a reforma agrária. As vendas do assessório dispararam após a polêmica provocada por uma internauta que postou no Twitter, no dia 7 de março: “Não fia, vcs q não são do MST usando esses bonés do MST eu não me aguento não. O boné virou assessório pra ir pra balada, gente”, escreveu em uma rede social no dia 7 de março.
O MST ainda destacou que o boné “é um símbolo da organização”, e que vesti-lo é “demarcar a apoio” à luta dos sem-terra. “Para o MST é muito importante encontrar o símbolo da organização não só no campo, mas também na cidade”, afirmou. O movimento também compartilhou fotos de famosos usando o boné vermelho, como Alinne Moraes, Lázaro Ramos, Chico Buarque, Wagner Moura e Gregorio Duvivier.
MTST
Outro que entrou na polêmica foi o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que luta por moraria urbana: “Moça, não tem problema usar o boné! Inclusive, comprá-lo é uma forma de ajudar a luta e dar mais visibilidade pros movimentos! Em breve teremos a lojinha do MTST no nosso site pra que todo mundo adquira o seu mais fácil!”, disse. A internauta que iniciou o debate apagou suas contas das redes sociais: “As pessoas foram muito cruéis comigo, fui exposta de várias maneiras. A internet tem esse lado, né?”, disse ela ao GLOBO, sem revelar a identidade.
Vendas disparam
Mas a postura da internauta teve ao menos uma coisa de bom. As vendas dos bonés dispararam. O coordenador da rede de Armazéns do Campo, lojas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, Ademar Ludwig estima que, até o fim de março, serão comercializados cerca de 3 mil bonés. Em média, saem entre 600 e 700 por mês. O MST acelerou a produção e criou uma página só para vender o acessório: “Boné do MST: o boné da esquerda brasileira”. Com informações da Revista Fórum.