Ex-militares brasileiros que desejam se alistar para lutar pela Ucrânia, dizem que a Legião Internacional de Defesa Territorial está descartando o recrutamento devido ao posicionamento de Jair Bolsonaro (PL) em relação ao conflito.
Segundo o UOL, dois brasileiros que tentavam o alistamento atribuem o veto ao silêncio de Bolsonaro após Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia, incluir o Brasil na lista de países que “não dançarão ao som dos Estados Unidos”.
‘Voluntários do seu país não podem se unir à legião’ “É da legião estrangeira? Estou me preparando para ir à Ucrânia, mas tive a informação de que vocês não estão mais aceitando voluntários do Brasil. Isso é verdade?”, perguntou em inglês o ex-militar mineiro Fabio Júnior de Oliveira.
“Sim, senhor. Infelizmente, os voluntários do Brasil e de alguns outros países não podem mais se juntar à legião”, respondeu um homem que se apresentou como representante da unidade formada por estrangeiros. “Mas eu não entendo. Eu tenho experiência militar. E eu…”, continuou Fábio, interrompido em seguida: “Eu entendo, senhor. Muito obrigado. Mas [os voluntários] do seu país não podem ser aprovados para se unir à legião”. Fábio, então, questionou se a recusa estaria relacionada à postura de Jair Bolsonaro. “Sim, é por isso”, respondeu.
Bolsonaro tem evitado criticar a Rússia. Antes da invasão, ele visitou o presidente russo Vladimir Putin e expressou solidariedade ao país, que já fazia ações militares na fronteira com a Ucrânia. Após a deflagração da guerra, porém, o governo do Brasil votou a favor da resolução da ONU que condena o ataque da Rússia. As informações são do Metro1.