A confirmação da pré-candidatura do presidenta da Câmara de Salvador, Geraldo Jr. (MDB), para vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT), nesta quarta-feira (30), marcou a reaparição pública de Geddel Vieira Lima após prisão. Nos bastidores, Geddel continuou atuando como presidente de honra do MDB, trabalhando como interlocutor para o futuro do partido.
Geddel teve autorização do ministro do STF Edson Fachin a cumprir pena em liberdade condicional (leia mais) no caso das malas com R$51 milhões encontradas em um apartamento de luxo na Graça, em Salvador (lembre aqui). Geddel também teve a dedução de 681 dias da sua sentença de 13 anos e quatro meses imposta no processo. O baiano cumpre pena desde julho de 2017, quando foi decretada sua prisão provisória. Na liberdade condicional, ele vai poder trabalhar e voltar para casa. Em setembro ele havia recebido autorização para migrar para o semiaberto.
Geddel Vieira Lima reapareceu anteriormente a se contrapor a fala de Ciro Gomes, presidenciável do PDT. Ciro citou Geddel como “aquele daquelas malas” ao desconstruir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ciro não tem autoridade moral nem política para falar de mim. Ele é um picareta que contratou um ex-presidiário [João Santana] e dedo-duro para fazer a cabeça dele e do Brasil. Que incoerência é essa? O resultado das pesquisas mostra o que o povo brasileiro pensa dele. Eu tenho vivido com muito pudor diante das dificuldades. Mudei muito, apanhei muito, mas não me tornei um covarde. Portanto, não vou permitir que picaretas sem autoridade moral ou coerência venham falar de mim”, disse Geddel.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) já havia derrubado a condenação por associação criminosa do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) e do seu irmão, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB), no caso das malas com R$51 milhões.
Mais aliados controversos
Quem também foi citado durante a coletiva que apresentou Geraldo Jr. como vice de Jerônimo, nesta quarta-feira (30), foi o ex-deputado federal Luiz Argôlo. Após ser solto em 2019, o ex-parlamentar estaria acertado com o MDB e deve disputar uma cadeira na Câmara Federal em 2022. Argôlo foi condenado a 12 anos e 8 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Com informações do site Bahia Notícias.