Cerca de 3 mil trabalhadores rurais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciaram, na manhã desta segunda-feira (11), uma marcha de mais de 110km em defesa da reforma agrária e pelo fim da violência no campo.
Eles seguem de Feira de Santana até Salvador, e a caminhada deverá durar até a próxima terça-feira (19). O tema da marcha, que é anual, é ‘Reforma Agrária Popular, Terra e Pão’.
O grupo é formado por mulheres, homens, pessoas idosas, jovens e crianças. Além de reivindicarem pela reforma agrária, eles pedem também o fim da violência no campo.
Quem participou da caminhada foi o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que saudou o início da marcha e acompanhou de perto a atividade do ‘Abril Vermelho’.
“Vivemos um momento difícil no país, com inflação, carestia, destruição de direitos da classe trabalhadora do Brasil. A marcha acontece em reação a todo esse desastre produzido pelo governo Bolsonaro e reafirma a força e a importância dos movimentos sociais”, salienta Assunção.
O dirigente do MST, Evanildo Costa, comemorou o retorno da marcha após dois anos em virtude da pandemia. “A militância está ansiosa e animada. A sociedade precisa reagir aos absurdos que estamos assistindo no país, aqui formamos uma trincheira de resistência na luta por um país mais justo e igual, que coloque alimento de qualidade e sem veneno na mesa da população”, disse.
Essa ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária deste ano, em defesa da terra, do direito à moradia e contra a fome que assola mais de 19 milhões de pessoas no país. Os trabalhadores percorrerão algumas cidades da Bahia, denunciando o assassinato dos militantes Fábio Santos e Marcio Matos e anunciando a necessidade e importância da Reforma Agrária.
Jornal da Chapada