A Feira Artesanato Indígena vai comercializar produtos de artesãos e artesãs dos povos indígenas Tupinambá, Tumbalalá, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Kiriri-Xocó, Xuku-Kariri, Kiriri, Tuxá, Xukurú e Funiô, neste sábado (30) e domingo (01/05), das 15 às 21 horas, no MAM – Museu de Arte Moderna. A programação também reúne a exposição Resistência Pataxó, do fotógrafo Ricardo Prado, apresentação do Projeto Rede Sonora, capitaneado pelos músicos Amadeu Alves, Fabrício Rios, com participação especial de Dona Salvadora, no sábado, às 17h, e show do cantor Gerônimo, no domingo, às 18h. A entrada é franca!
A exposição reúne algumas fotografias registradas por Ricardo Prado durante suas viagens para catalogar a produção indígena para o Artesanato da Bahia. Na comunidade Pataxó, no Extremo Sul da Bahia, os indígenas encantaram o fotógrafo, que aproveitou para registrá-los em suas fotografias. “A viagem era só para fazer fotos de artesanato, mas é impossível não se encantar com a estética, com a originalidade e a beleza do povo Pataxó. Ali, junto da natureza, a gente compreende ainda mais que o artesanato não surgiu para ser comercializado, porque antes disso eles já faziam os seus adornos e os objetos utilitários que usam no dia a dia”, conta Ricardo.
Decoração e utilitários
Em composições tradicionais e contemporâneas, os objetos indígenas despertam cada vez mais desejos em baianos e turistas. Entre os produtos que serão comercializados na feira, destacam-se os utilitários talhados à mão em madeira e a cerâmica em argila com pintura em Tauá (pigmento de argila em cor branca). Objetos de decoração como pinturas em madeira, trançado de fiada e tecida em aió, cocares, arcos e flechas, e os instrumentos musicais como maracas e apitos, entre outros, também estarão presentes na feira.
Nos 32 estandes montados no MAM, os visitantes poderão dialogar, interagir e adquirir os produtos diretamente com alguns representantes das comunidades indígenas. Os próprios artesão e artesã poderão explicar as técnicas de criação de cada etnia, que utilizam uma diversidade de matéria prima nativa, como aproveitamentos de sementes e cocos, penas de animais domésticos, fibras naturais de cipós, piaçava, palmeira do licuri, madeiras e argila.
A realização da Feira Artesanato Indígena é uma iniciativa da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com a Associação Fábrica Cultural. O evento conta com o apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), das Secretarias de Cultura e de Políticas Públicas para as Mulheres, do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), do Centro de Economia Solidária de Salvador e da Federação das Associações de Artesãos da Bahia (FAAEB). Com informações de assessoria.