O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), determinou que os servidores da casa destruam com “marretas” e “furadeiras” um HD externo que armazena documentos sigilosos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Conforme informações do Estadão, Pacheco acatou uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Prevista para ocorrer na tarde desta sexta-feira (6), a destruição do HD irá ocorrer em uma sala fechada do Senado. Os dados e as informações que serão destruídos envolvem a empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda e o site Brasil Paralelo, apoiador do governo Bolsonaro. Representantes das duas empresas poderão participar do ato.
Segundo Leandro Cunha Bueno, coordenador de Comissões Especiais Temporárias e Parlamentares de Inquérito da Casa, “todo o ato de destruição será filmado para evitar questionamento futuro. As imagens serão mantidas sob sigilo”, disse.
A CPI apurou, entre abril e outubro do ano passado, as ações e omissões do Planalto e do Ministério da Saúde, então comandado pelo general Eduardo Pazuello, na pandemia que matou mais de 660 mil brasileiros. Não há registros recentes de descartes de acervos de investigações do Congresso.
No HD há documentos sigilosos que só podem ser acessados por Omar Aziz, ex-presidente da CPI da Covid. Os dados que não foram atingidos pela ordem de destruição de Gilmar serão retirados e colocados em outro HD. Jornal da Chapada com informações de Estadão e O Antagonista.