O município de Ibicoara, na Chapada Diamantina, aparece entre as 11 cidades baianas consideradas prioritárias no acompanhamento da leishmaniose tegumentar, com classificações de risco de muito intenso, intenso e alto, conforme informações do Boletim Epidemiológico de Leishmaniose Tegumentar da Bahia do mês de abril.
Dentre os outros municípios da lista estão Taperoá, Wenceslau Guimarães, Valença, Teolândia, Nilo Peçanha, Mutuípe, Tancredo Neves, Camamu, Maraú e Igrapiúna. A leishmaniose tegumentar se caracteriza por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo, podendo tardiamente surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta.
Segundo a coordenadora de doenças de transmissão vetorial da Sesab, Sandra Maria de Oliveira da Purificação, os casos podem ser relacionados à situação socioeconômica. “O vetor tem a condição de uma doença infecciosa que é causada por algumas diferentes espécies do protozoário e ele tem um reservatório que pode ser tanto silvestre como de condição urbana”, disse ao Bahia Notícias
Em 2021, houve predominância em indivíduos do sexo masculino, da raça parda, na faixa etária economicamente ativa de 20 a 49 anos em residentes da zona rural. Conforme a coordenadora, isso acontece em razão dessa faixa etária estar mais exposta por questões de trabalho.
A questão da leishmaniose tegumentar no estado se deve a presença de vetores que têm uma condição de adaptação para a região, o que favorece a presença deles, e a Chapada Diamantina encontra-se entre as áreas importantes para transmissão da doença.
O boletim epidemiológico ainda exibe que 664 dos 1.428 dos casos no Estado evoluíram para óbito. Contudo, a especialista faz uma ressalva de que esses óbitos, quando ocorrem, a priori, podem chegar na central por meio do sistema de informação como óbito, mas eles passam por uma investigação epidemiológica. Jornal da Chapada com informações de Bahia Notícias.