A Aeronáutica informou que o sargento Manoel da Silva Rodrigues, preso em 2019, em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína, foi excluído da corporação nesta quinta-feira (12). O agora ex-militar, condenado por tráfico internacional de drogas, estava levando o entorpecente em um dos aviões que compõem a frota da Presidência da República.
O caso gerou repercussão internacional, e, de acordo com a Força Aérea Brasileira, a decisão de excluir o militar foi tomada “a bem da disciplina”. Manoel fazia parte do grupo de 21 militares que integraram a comitiva da viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Tóquio e fizeram escala em território espanhol.
“Tão logo houve a ciência do fato pelo Comando da Aeronáutica, foi instaurado o devido processo administrativo para julgar a conduta praticada, sob o prisma da ética militar. O ato desta quinta-feira é resultado desse processo, cuja decisão foi proferida após cumprido o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa”, destaca a corporação, em nota.
A instituição afirma que a demora de três anos para tomar a decisão ocorreu para respeitar prazos legais. “Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país, desde a sua prisão em flagrante”, completa a nota.
Em fevereiro deste ano, Manoel da Silva foi condenado a uma pena de 14 anos e seis meses de prisão pela Justiça Militar. Em 2020, ele já havia sido condenado a seis anos de prisão na Espanha. Com informações do Portal R7.