A atriz e apresentadora Antônia Fontenelle, entusiasta de Jair Bolsonaro (PL), virou ré em ação sobre xenofobia por usar o termo “paraibada” para se explicar a declaração sobre as agressões de Iverson de Souza Araújo, o DJ Ivis, à ex-esposa, Pamella de Holanda. Em decisão proferida na última terça-feira (24), a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis deu prazo de 10 dias para Fontenelle prestar os primeiros esclarecimentos sobre o caso.
Na prática, a decisão faz com que o processo contra a bolsonarista se torne uma ação penal. A denúncia foi oferecida há 8 meses pelo delegado Marcelo Antas Falcone, da Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos de João Pessoa, que pediu o indiciamento na Lei do Racismo, que prevê pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa para o crime de preconceito ou discriminação.
A investigação foi aberta após Antônia Fontenelle comentar sobre as agressões do DJ. “Esses ‘paraíbas’ fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”, afirmou. A declaração foi criticada por artistas e provocou a ira da bolsonarista.
“Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses ‘paraíba’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada’, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse a atriz em um vídeo.
Pedofilia
Em dezembro de 2021, Antônia Fontenelle foi condenada a 1 ano de prisão por relacionar os irmãos Felipe e Lucas Neto à pedofilia. A foi comutada e a atriz teve que prestar serviços à comunidade e pagar multa de R$ 8 mil. Em sua defesa, a atriz disse que não pretendia ofender os dois, mas sim “provocar a discussão e a readequação dos conteúdos produzidos”.
Fontenelle já havia sido condenada por crime de injúria contra Felipe. A primeira ação, ganha pelo youtuber, foi em relação a uma publicação na qual Antonia chama Felipe de “câncer da internet” e “canalha”. Na decisão, a juíza do caso a condenou, criminalmente, ao pagamento de uma multa no valor de cerca de R$ 63 mil reais, além das custas do processo. As informações são da Revista Fórum.