Único vereador de Salvador que votou contra a homenagem prestada pela Câmara Municipal à cozinheira Alaíde do Feijão, Augusto Vasconcelos (PCdoB) perdeu completamente as condições políticas de ser indicado pelo partido para a suplência do senador Otto Alencar (PSD) na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo.
As críticas contra sua decisão explodiram nas redes sociais e revoltaram os movimentos da causa negra, que tinham na dona do restaurante do mesmo nome uma referência, inclusive política. Por decisão da Câmara, a rua das Laranjeiras, no Pelourinho, passou a se chamar Alaíde do Feijão em homenagem à grande baiana.
Ela faleceu no ano passado em decorrência de complicações da Covid. Enquanto estava viva, Alaíde franqueava o espaço não apenas para servir seus quitutes e um feijão que era cobiçado em toda a região, como para encontros e reuniões entre lideranças diversas para debates sobre a vida cultural e política da cidade.
O projeto para que Alaíde do Feijão passasse a nomear uma rua do Pelourinho, onde seu comércio ajudava a movimentar economicamente o bairro, foi de autoria do vereador Carlos Suíca (PT), que ficou aborrecido com o fato de não ter conseguido aprová-lo à unanimidade, como todos esperavam que acontecesse.
O constrangimento se tornou maior porque Vasconcelos votou na condição de líder da oposição, transformando sua decisão num ato político, na avaliação dos colegas, que também ficaram surpresos com o fato de ter se insurgido contra uma homenagem justa e oportuna a uma empreendedora. Com informações do Política Livre.