O Corpo de Bombeiros encontrou, na manhã desta sexta-feira (3), o corpo da última desaparecida após os desastres provocados pelas chuvas em Pernambuco. Com isso, o número de mortos nos recentes temporais no estado subiu para 128. A última vítima encontrada estava soterrada em um deslizamento na comunidade do Areeiro, em Camaragibe. O corpo de Mércia Josefa do Nascimento, 43, foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) para perícias e identificação oficial da vítima. O nome foi informado pelo Corpo de Bombeiros.
Nesta sexta, voltou a chover forte no Recife, provocando alagamentos em diversas ruas e avenidas. Até o momento, não há registro de feridos ou vítimas pelo temporal desta sexta. A tragédia superou as cheias de 1975, quando 107 pessoas morreram no estado. A enchente de maio de 1966 matou 175 pessoas e continua sendo considerada o maior desastre da história de Pernambuco.
Na tragédia de 2022, o número de desabrigados é de 9.302 pessoas, que estão em 111 instituições, como escolas e entidades públicas, de 27 municípios. Campanhas de doação foram abertas para ajudar famílias atingidas. No Recife, a prefeitura aplicou apenas 17% das verbas disponíveis para urbanização de áreas de risco nos últimos dez anos.
Dentre os R$ 980 milhões disponibilizados para essas ações na Lei Orçamentária Anual do município, enviada à Câmara Municipal a cada ano, apenas R$ 164,6 milhões foram aplicados na área. Os dados constam no Portal da Transparência do município. Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram desastres naturais que somaram mais de 400 mortes nos últimos seis meses.
Até a quinta-feira (2), 31 cidades haviam decretado estado de emergência —assim como o governo de Pernambuco. De acordo com a administração estadual, 51 municípios tiveram algum tipo de prejuízo em consequência das chuvas. Na noite da quinta, o Governo de Pernambuco divulgou a lista com os nomes dos até então 127 mortos com os temporais no Estado ao longo da semana. Com informações do Folhapress.