Pesquisa realizada pela FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual – fundado por Paulo Guedes -, mostra que mais da metade dos brasileiros deixou de fazer o tradicional churrasco nos últimos três meses devido à inflação. Segundo o estudo, 55% dos entrevistados disseram que deixaram de comprar carne vermelha por causa dos sucessivos aumentos de preço. Mesmo a carne de frango, uma opção mais barata de proteína, foi abandonada por 21%.
A cervejinha e os almoços aos finais de semana também chegaram ao fim com o governo Jair Bolsonaro (PL), com 60% dos brasileiros declarando que deixaram de consumir refeições fora de casa. Outros 56% dizem que deixaram de comprar roupas, mesmo com as frias temperatura do inverno deste ano.
Causa da inflação em cadeia, com reajustes constantes por causa da política de paridade internacional de preços adotada pela Petrobras, os combustíveis deixaram de ser consumidos por 44% dos brasileiros, que buscam formas alternativas de se locomover. A pesquisa mostra ainda que 35% dos entrevistados deixaram de consumir frutas, legumes e verduras, e 13% de se alimentar com o básico: arroz e feijão – o que coincide com o índice de pessoas que vivem com insegurança alimentar.
Completam a lista os remédios, que deixaram de ser consumidos por 1 em cada quatro brasileiros, e produtos de higiene pessoal, riscados da lista por 22%. No total, 77% dos brasileiros deixaram de consumir algum dos itens pesquisados, sendo 28% deles deixou de comprar 6 ou mais produtos.
Atrasos nas contas
A crise também levou muitos brasileiros a deixaram pagar contas básicas. Em meio ao processo de privatização da Eletrobras – que vai ocasionar em reajustes ainda mais frequentes nas tarifas -, 34% afirmam que atrasam o pagamento da conta de energia nos últimos três meses.
A fatura do cartão de crédito vem em seguida, com 33% dizem que atrasaram o pagamento no período. Em seguida são listadas: conta de telefone/celular (30%), conta de água (29%), TV por assinatura (16%), plano de saúde e aluguel (11%), financiamento da casa e academia (9%), mensalidade escolar (7%) e taxa de condomínio (5%).
A pesquisa quantitativa realizada pelo Instituto FSB Pesquisa foi feita por telefone entre os dias 10 e 12 de junho de 2022. Foram entrevistados 2.000 eleitores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. Leia aqui íntegra da pesquisa. Com informações da Revista Fórum.