A polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) para a corrida eleitoral mantém-se firme na 12ª edição da pesquisa Modalmais-Futura divulgada nesta quinta-feira (30). Os dados continuam mostrando pouco espaço para um candidato de terceira via e mantém Lula na liderança em todos os cenários de um eventual segundo turno.
O levantamento realizado entre os dias 20 e 24 de junho pela Futura Inteligência e encomendado pelo banco digital Modalmais mostrou empate, pela margem de erro – de 2,2 pontos percentuais –, entre Lula e Bolsonaro nos cenários do primeiro turno tanto espontâneo quanto estimulado. Contudo, os dados ainda não refletem a repercussão negativa dos escândalos recentes do governo, como a investigação de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação e a iminência da instauração da CPI do MEC, e das investigações de denúncias de assédio sexual do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que pediu demissão ontem.
Em um eventual segundo turno entre o petista e o atual presidente, Lula tem 49% das intenções de voto. Bolsonaro, 41,7%. Brancos e nulos somaram 7,3% e indecisos, 2%. Na pesquisa da Futura de maio, o placar entre ambos era de 49% a 40,8%, respectivamente, sendo 2,8% de indecisos e 7,4% de brancos e nulos.
Num cenário de embate entre Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT) no segundo turno, há empate dentro da margem de erro, com 42,4% para o presidente e 41,5% para o ex-governador do Ceará. Ciro, aliás, é o pré-candidato que aparece com a maior intenção de voto, mas abaixo de 10% nos cenários pesquisados para o primeiro turno.
Na pesquisa espontânea sobre a preferência dos eleitores no primeiro turno, Lula tem 37,6% e Bolsonaro, 34,3%. Em maio, os percentuais eram, respectivamente, de 37,6% e 34,4%. Ciro Gomes registra 2,3% das preferência e Simone Tebet (MDB), 0,8%.
No cenário estimulado para o primeiro turno há um empate técnico. Lula tem 38,9% das intenções de voto e Bolsonaro, 36,5%. Em maio, esses percentuais eram de 41% e 36%, mostrando uma queda maior nas intenções de Lula e um avanço marginal de Bolsonaro.
Já Ciro Gomes ganhou mais eleitores nessa base de comparação da pesquisa estimulada. Seu percentual passou de 5,6%, em maio, para 9,4%, em junho. Na sequência, André Janones (Avante), teve 3,2% das intenções de voto, e Simone Tebet, ficou com 3%.
Pauta econômica
Para 44,5% dos entrevistados, a pauta econômica é a prioridade, neste momento, assim como combater a fome reduzir a inflação e reduzir o desemprego. Foram entrevistadas 2 mil pessoas para a pesquisa sobre as eleições de 2022.
Nessa conjuntura, com a economia ainda patinando sem dar sinais de decolagem e com a inflação ainda em dois dígitos, pelo menos, até agosto e setembro deste ano pelas previsões de analistas do mercado, a avaliação ruim e péssima do governo é de 38,5% e 43,6% dos eleitores consideram a gestão de Bolsonaro ruim e péssima. Esse índice está próximo dos que disseram possuir preocupação com a continuidade do atual governo (45,3%), segundo a pesquisa. As informações são do Correio Braziliense.