O homem que se passava por líder religioso identificado como Claudimilson Ferreira Rodrigues foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelos crimes de estupro de vulnerável contra uma vítima e violência sexual mediante fraude cometida contra outras cinco pessoas. Ele foi preso em maio, por suspeita de estuprar 40 adolescentes na cidade de Barra, no oeste da Bahia.
A decisão foi publicada pelo MP-BA na quarta-feira (4) e se estende também para a auxiliar do homem, Mônica Barbosa dos Santos. A mulher é suspeita de persuadir as vítimas para que os estupros fossem cometidos.
Segundo o promotor Romeu Coelho Filho, autor da denúncia, o homem utilizava a condição de superior hierárquico de líder religioso e a utilizava o “poder” de influência para aplicar fraudes sexuais em adolescentes e mulheres que frequentavam a instituição.
Conhecido como “Pai Café”, ele usava os trabalhos religiosos para cometer crimes sexuais. De acordo com o MP, os delitos foram cometidos entre 2017 e 2022. Entre as vítimas, estava uma adolescente que à época tinha 14 anos.
Ainda segundo o órgão, Mônica era intitulada como “Mãe Pequena” e auxiliava o suspeito ludibriando as vítimas com promessas espirituais e ameaças sobrenaturais.
Prisão de ‘Pai Café’
Claudemir Ferreira Rodrigues, ou “Pai Café”, foi preso no dia 24 de maio suspeito de estuprar adolescentes na cidade de Barra. Conforme o delegado Jenivaldo Rodrigues disse à época, as investigações apontaram que ele se passava por pai de santo e usava nomes de entidades para cometer os crimes. A idade do suspeito não foi divulgada.
Na ocasião, a polícia disse estimar que mais de 30 adolescentes, com idades entre 12 e 18 anos, tenham sido vítimas do homem. A maioria delas era virgem quando os abusos foram cometidos.
Segundo o delegado, para estuprar as vítimas, o homem dizia que realizava rituais para que elas evoluíssem espiritualmente. As adolescentes eram atendidas individualmente dentro de um quarto. Elas tinham os olhos vendados e precisavam tirar peças de roupas para ficar nuas ou seminuas, por determinação do suspeito.
As investigações da Polícia Civil apontaram que os crimes começaram há cerca de quatro anos. A casa usada para cometer os crimes fica em um local pouco movimentado e afastado da cidade.
O delegado Jenivaldo Rodrigues informou que ainda há adolescentes para serem ouvidas pela polícia e suspeita que outras pessoas sejam vítimas de Claudemir. O homem foi ouvido na delegacia de Barra e transferido para o presídio de Barreiras, que também fica na região oeste do estado. Com informações do g1 Bahia.