Após a Justiça ter aceitado denúncia oferecida na noite de quarta-feira (20) pelo Ministério Público do Paraná (MP-RP), o policial penal bolsonarista, Jorge Guaranho, que assassinou o guarda civil petista Marcelo Arruda, virou réu por homicídio. O crime aconteceu no dia 9 de julho, durante uma festa de aniversário da vítima que tinha como tema o ex-presidente Lula e o PT, em Foz do Iguaçu.
Segundo decisão do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, Guaranho assassinou Arruda por motivo fútil com motivação política.
“Apesar de a jurisprudência majoritária dos tribunais superiores entender que a decisão de recebimento da denúncia não exige fundamentação, cumpre observar, de modo sucinto, que o caderno investigatório possui a presença de indícios suficientes de autoria e prova de materialidade do crime”, aponta trecho da decisão judicial.
Guaranho está internado sob custódia da polícia e permanecerá preso após a alta, e agora será notificado e terá 10 dias para apresentar sua defesa. O policial penal bolsonarista foi denunciado por homicídio duplamente qualificado e, caso seja condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.
Denúncia do MP
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público do Paraná (MP-RP) descartou o crime de ódio ou contra o Estado Democrático de Direito, mas denunciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado com motivo fútil por preferência política. Segundo promotores, o crime foi por motivo fútil em face de “preferências político-partidárias antagônicas”.
Portanto, o entendimento do Ministério é diferente do apontado pelo inquérito policial, que concluiu que o assassinato foi por motivo torpe e descartou motivação política. Jornal da Chapada com informações de Revista Fórum.