Após nova reabertura das investigações, em janeiro deste ano, sobre a facada em Jair Bolsonaro (PL) ocorrida em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral de 2018, o delegado Martin Bottaro Purper estaria cogitando a hipótese de ligação de Adélio Bispo dos Santos, autor do atentado, com o Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Segundo reportagem de Rodrigo Rangel, no portal Metrópoles nesta quarta-feira (27), em ao menos um registro de ligação telefônica, um dos advogados que atendeu Adélio liga o nome do autor do atentado ao PCC. Isso teria sido suficiente para que a nova equipe que coordena a investigação considerasse a hipótese.
As especulação sobre a ligação surgiram após o atentado, já que um dos advogados que se propuseram a atuar na defesa de Adélio teria trabalhado para um membro da facção criminosa. Escalado para reabrir as investigações, Martin Bottaro Purper, que está há 17 anos na PF, já comandou investigações sobre o PCC.
A autorização para reabertura do caso acontece em novembro do ano passado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O delegado analisa os dados bancários e o conteúdo do celular apreendido com o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior para avançar na última lacuna do caso, sobre se houve mandante para o ataque contra Bolsonaro.
Liberdade de Adélio
Nesta segunda-feira (25), Adélio Bispo passou por nova perícia médica para avaliar suas condições psíquicas. O autor da facada foi diagnosticado com transtorno delirante permanente-paranoide — quando o paciente não consegue diferenciar fatos criados pela própria mente do que é real — e está internado na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, desde o atentado a Bolsonaro.
Caso a equipe médica avalie que ele não oferece riscos à sociedade, Adélio pode ser colocado em liberdade antes das eleições de outubro. O laudo deve ficar pronto em 30 dias. Com informações da Revista Fórum.